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MOLDE DE INJEÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A INJETORA

Molde de injeção e sua relação com a injetora

A princípio, consideremos um molde de injeção como “uma ferramenta feita de metal com cavidades, que dão formas a produtos plásticos injetados”. É importante saber que a matéria-prima a ser injetada com suas características próprias, influência na definição de detalhes do molde, como por exemplo no tipo de material usado para fabricação das cavidades, tipo de acabamentos e ainda parâmetros de trabalho.

O molde é o núcleo central do processo de moldagem por injeção e determina o formato ou design desejado, à textura superficial aplicado ao plástico fundido e determina as condições do artigo final. As condições da ferramenta utilizada, tem total influência sobre as tensões internas da peça moldada e consequentemente um efeito significativo sobre as propriedades e performance no uso final da mesma.

É uma ferramenta de precisão com alto custo, e deverá ser suficientemente resistente para suportar milhares e milhares de ciclos de moldagem com pressão muito alta.

Cerca de 90 % do êxito de qualquer trabalho de moldagem depende da habilidade empregada em seu desenho e construção. É impossível obter peças moldadas satisfatórias com um molde mal construído. Um desenho apropriado e uma cuidadosa fabricação facilitam bastante uma produção de artigos plásticos econômicos e com a máxima performance que possa desempenhar o material.

Um molde de injeção de boa qualidade é capaz de produzir peças plásticas com elevada repetibilidade dimensional para o caso de peças técnicas, com alta taxa de produção, mesmo recebendo altas taxas de pressão devido ao esforço do material plástico (no estado fundido) ao preencher suas cavidades.

O molde de injeção é composto de diferentes partes, nos quais podemos encontrar dois grupos principais:

– O grupo das peças estruturais que devem suportar os esforços provenientes das pressões de fechamento do equipamento e de injeção.

O grupo das peças conformadoras que deverão suportar as pressões de moldagem e diferentes tipos de agressões que determinarão também o seu desempenho.

Nos casos de moldes de construção mais simples, muitas peças situam-se nos dois grupos.

O molde de injeção tem uma constituição básica, sendo dividido em duas partes: lado Fixo e lado Móvel. (devido a relação com a máquina de injeção vertical ainda se considera lado fixo como superior e lado móvel como inferior).

Esta divisão está relacionada à linha de abertura do molde, que é a linha onde ocorre a separação do produto. O conjunto inferior geralmente são dois idênticos, sendo aquele que recebe o sistema de extração da peça, e montado junto à placa móvel da máquina.

Figura do molde

Configurações básicas de um molde

Relação entre as partes do molde e injetora: horizontal e vertical

Sendo o molde uma estrutura composta por duas partes consideramos:

Para a injetora vertical devemos considerar lado superior do molde aquele que recebe o movimento vertical para executar o fechamento. Lado inferior para aquele que recebe o sistema de extração e que se movimenta na máquina lateralmente conforme o ciclo de trabalho. Em alguns casos o lado superior também tem sistema de extração. A injeção da matéria prima dependendo do equipamento pode ser feita pela parte superior ou pela linha de fechamento do molde.

Para a injetora horizontal devemos considerar como lado fixo do molde aquele que recebe a matéria prima e não tem movimentos. O fato de não se movimentar está relacionado com o sistema de injeção da resina termoplástica. Lado móvel para aquele que recebe o sistema de extração e que acompanha o movimento de abertura da máquina, conforme o ciclo de trabalho.

Exemplo de molde e produto:

Veja pelo link uso de inserto em moldes:

https://www.facebook.com/420286531345932/videos/844042028970378/

Injetora horizontal

Injetora vertical:

Considerando parte superior e parte inferior no molde, em injetora vertical quando houver movimentação rotativa ou linear da base inferior da máquina, são utilizados molde com 2 partes inferiores.

A máquina injetora vertical permite uma movimentação da mesa, ou base de fixação inferior (movimento retilíneo ou rotativo) sendo utilizadas duas partes inferiores para que ao mesmo tempo, enquanto em uma das partes esteja ocorrendo injeção de matéria-prima, do outro lado esteja se extraindo a peça injetada e possibilitando a colocação de insertos no molde. Nestes casos o ciclo de injeção não tem interrupção.

Embora não seja uma máquina moderna no vídeo, acompanhe no link a injeção na fabricação de cabos.

https://www.facebook.com/noox.injetoras/videos/pcb.512530992492479/512530522492526/?type=3&theater

A injetora vertical é ideal para moldagem com insertos metálicos, pois possibilita uma ótima visão e posição de trabalho para o operador. Neste caso a mesa se movimenta para dois lados sendo que enquanto se injeta de um lado, no outro o operador acompanha a extração da peça injetada e depois, alimenta o molde com insertos.

Exemplo de peça com inserto metálico.

De maneira geral, para definições simples devemos saber que independente do tipo de máquina, a função do lado superior ou fixo do molde é de receber ou suportar a carga de matéria-prima injetada para compor o produto. O lado superior ou fixo, normalmente recebe a cavidade que faz o lado externo do produto e normalmente trabalha com a temperatura maior do que o lado móvel, favorecendo a liberação do produto.

A Força de fechamento é definida como a força que a injetora faz para manter o molde fechado durante a injeção.  É determinada de acordo com a área projetada, comprimento do fluxo, espessura de parede e a viscosidade do material. Para peças pequenas pode-se calcular de acordo com o fator de cálculo dado em tabelas que fazem a aproximação da força necessária.

A seguir uma injetora do tipo vertical com mesa giratória, onde ocorre mesmo procedimento, enquanto uma parte do molde recebe injeção, na outra ocorre extração do produto e colocação de insertos se for o caso.

Molde próprio para máquina vertical com duas partes inferior para manter ciclo.

Publicado em 16/10/2021

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Fonte: Moldes Injeção Plásticos

Veja a matéria completa no Estudo livre sobre molde

REPRODUÇÃO PROIBIDA SEM AUTORIZAÇÃO

Hamilton Nunes da Costa – Editor de Revistas Independente
CFP VW SENAI / Matrizeiro especializado em molde
Projeto de moldes / Escola ART-MEC
Técnico mecânico CREA 126.785 / CFP VW SENAI

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