Fonte: Revista Plástico Industrial
Sumitomo-Demag inaugura centro de treinamento e tem nova agenda de cursos
Operação, programação e manutenção de injetoras elétricas fazem parte da grade de cursos que a fabricante de injetoras oferecerá nos próximos meses.
A Sumitomo (SHI) Demag iniciou as atividades de seu centro de treinamento e showroom na cidade de Itu (SP), com a instalação de uma injetora elétrica que ficará totalmente disponível para a realização de cursos.
A empresa organizou uma agenda de cursos voltados inicialmente para clientes que necessitem treinar suas equipes. No entanto, aceitará também inscrições de pessoas que queiram se capacitar, independentemente de serem usuárias das máquinas da marca.
Os cursos tiveram início no mês de maio e são oferecidos nas modalidades Operação e programação NC 10 – nível básico, Operação e programação NC 10 – nível avançado e Manutenção Elétrica e Mecânica NC-10 – injetoras elétricas. Para o módulo básico, a carga horária é de três dias úteis, ao passo que para os demais é de dois dias. As inscrições incluem apostila impressa, almoço e coffee-break , podendo ser solicitadas pelos
e-mails fabio.muzzi@shi-g.com e monica.pimenta@shi-g.com
Os próximos treinamentos estão previstos para os meses de julho, agosto, setembro e outubro, com um breve recesso no período da feira Interplast, que acontece entre 13 e 16 de agosto, em Joinville (SC).
Com relação à importância do conhecimento da operação das máquinas elétricas, Michel comentou que estes modelos atualmente são o carro-chefe da Sumitomo-Demag e possivelmente de outros fabricantes de equipamentos de alta performance: “nosso mix hoje consiste em 85% de modelos elétricos, para apenas 15% de modelos híbridos”.
As vantagens da opção pelos equipamentos elétricos estão relacionadas principalmente à sua eficiência energética, o que se tornou um fator primordial devido ao aumento dos custos de energia e do seu consumo intensivo nas fábricas de produtos plásticos.
Assim como ocorre em outros mercados, o Brasil passou por uma fase de transição, em que as máquinas elétricas eram mais caras por incorporarem uma nova tecnologia. Porém, nos últimos anos a fabricação de modelos elétricos ganhou escala e eles se tornaram mais acessíveis, a ponto de haver clientes brasileiros da Sumitomo-Demag que não mais utilizam máquinas hidráulicas.
Mercado e a Interplast
Sobre as atuais perspectivas de mercado, Michel comentou que as vendas continuam dentro da expectativa, e que a regulamentação da Lei da Depreciação Acelerada ainda não repercutiu nos planos da sua clientela.
A mesma moderação pauta a expectativa da empresa para a Interplast. Michel acredita que a feira voltará ao seu ritmo normal, após uma edição de muita euforia, em 2022, quando foi marcada pela retomada dos eventos presenciais no pós-pandemia. “É possível também que algumas empresas do Rio Grande do Sul tenham sua presença comprometida por estarem atuando na recuperação de parques fabris comprometidos pelas inundações do mês de maio”, avaliou o gerente.
Lei da Depreciação Acelerada gera boas expectativas para o setor de plásticos
No final do mês de maio o setor produtivo comemorou a sanção do Projeto de Lei 2/2024, que cria um mecanismo fiscal visando reduzir o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido incidentes sobre a aquisição de bens de produção como injetoras, extrusoras e sopradoras, ao reduzir o prazo de cálculo da depreciação para dois anos.
A condição especial vale para máquinas e equipamentos adquiridos entre a data da regulamentação do texto – que deve acontecer ainda este mês – até 31 de dezembro de 2025. O projeto permite que a empresa inclua no cálculo desses impostos 50% do valor do equipamento adquirido no ano em que ele for comprado e instalado, e os demais 50% no ano seguinte. Em condições normais, os valores associados à depreciação são distribuídos ao longo de sua vida útil do bem, em prazos superiores a dez anos.
Amilton Mainard (foto), presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), avalia que o impacto da medida sobre o setor será imediato. Em viagem à Argentina para participar da feira Argenplás, ele comentou que o detalhamento do programa virá com a regulamentação que é esperada para as próximas semanas, beneficiando todos os 46 setores fabricantes representados pela Abimaq e injetando indiretamente 20 bilhões de reais no mercado para investimento em maquinário nos próximos dois anos.
Os compradores de máquinas para plásticos da indústria do plástico já reagem bem à perspectiva. Em conversas com empresários do setor, Mainard verificou que todos estão atentos à regulamentação, planejando suas aquisições. “Já há compradores segurando seus pedidos para aproveitar o incentivo, mas há também outros adiantando as suas encomendas para não perder o benefício, levando em conta que os prazos de entrega de maquinário podem ser longos”. O prazo de entrega para um equipamento de extrusão com projeto exclusivo, por exemplo, é de 7 a 8 meses, conforme avaliou o entrevistado.
De acordo com o último Inventário PI do parque de máquinas para processamento de plásticos, predominam nas indústrias do setor os equipamentos com mais de 10 anos de uso, o que caracteriza relativo sucateamento. A medida vai incentivar a renovação desse parque, aumentando a sua produtividade e reduzindo custos operacionais.
Há ainda a expectativa de que o programa se torne perene, na visão de Mainard. “Mas mesmo que isso não aconteça, haverá um salto substancial na renovação do parque de máquinas nos próximos dois anos”, opinou, lembrando que a medida não consiste em renúncia fiscal, pois o montante destinado ao programa volta para os cofres do Governo na forma de arrecadação decorrente das novas compras e do aumento da atividade econômica. “Vale lembrar também que esta medida nasceu na Abimaq, e foi viabilizada neste governo”.
Para Mainard, as feiras Interplast e Plástico Brasil serão os termômetros da melhora dos ânimos na aquisição de máquinas pelo setor de plásticos.
Fonte: Revista Plástico Industrial
em 04/07/2024