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TRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMOQUÍMICOS UTILIZADOS EM FERRAMENTARIA.
AUSTÊMPERA: Tratamento isotérmico composto de aquecimento até a temperatura de austenitização, permanência nesta temperatura até completa equalização, resfriamento rápido até a faixa de formação da bainita, permanência nesta temperatura até completa transformação.
AUSTENITIZAÇÃO: Transformação da estrutura da matriz existente em estrutura austenítica através de aquecimento. Pode ser parcial (aquecimento dentro da faixa da transformação) ou completa (aquecimento acima da faixa de transformação).
BENEFICIAMENTO: Tratamento ter mico composto de têmpera seguida de revenimento, em temperatura adequada, destinado a obtenção de maior tenacidade combinada com certas propriedades de resistência.
BORETAÇÃO: Tratamento termoquímico em que se promove enriquecimento superficial com boro.
CARBONITRETAÇÃO: Tratamento termoquímico em que se promove enriquecimento superficial simultâneo com carbono e nitrogênio
CEMENTAÇÃO: Tratamento termoquímico em que se promove enriquecimento superficial com carbono.
CEMENTAÇÃO A GÁS: Cementação realizada em meio gasoso.
CEMENTAÇÃO A VÁCUO: Cementação a gás em que se produz vácuo no forno antes da injeção de gás carbonetante.
CEMENTAÇÃO EM BANHO DE SAL: Cementação realizada em meio líquido (sal fundido)
CEMENTAÇÃO EM CAIXA: Cementação realizada em meio carbonetante sólido, dentro de um recipiente fechado, em cujo interior a peça é levada ao forno
CIANETAÇÃO: Carbonitretação realizada em meio líquido.
COALESCIMENTO: Tratamento térmico de recozimento com a finalidade de se obterem os carbonetos sob forma esferoidal. Usualmente é caracterizado por permanência em temperatura ligeiramente superior ou inferior ao ponto A1 ou oscilação em torno de A1 e resfriamento lento. Também denominado esferoidização.
DESCARBONETAÇÃO: Redução de teor de carbono em toda a extensão ou parte do material
DESCARBONETAÇÃO PARCIAL: Redução parcial do teor de carbono em toda a extensão ou parte do material.
DESCARBONETAÇÃO SUPERFICIAL: Descarbonetação parcial ou total, limitada as camadas periféricas do material.
DESCARBONETAÇÃO TOTAL: Eliminação do carbono em toda a extensão ou parte do material. (www.moldesinjecaoplasticos.com.br) .
ENCHARCAMENTO: Tempo de manutenção em determinada temperatura após equalização da mesma em todos os pontos da peça.
ENDURECIMENTO POR ENVELHECIMENTO: Endurecimento produzido por processo de envelhecimento, geralmente após solubilização ou trabalho a frio.
ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO: Endurecimento produzido pela precipitação de uma fase de uma solução supersaturada.
ENDURECIMENTO SECUNDÁRIO: aumento de dureza que ocorre durante o ciclo de revenimento.
ENVELHECIMENTO: alteração das propriedades com o tempo, geralmente lenta a temperatura ambiente e mais rápida com a elevação da temperatura.
ENVELHECIMENTO ARTIFICIAL: envelhecimento intencional que ocorre acima da temperatura ambiente.
ENVELHECIMENTO INTERROMPIDO: envelhecimento realizado em duas ou mais temperaturas com resfriamento até a temperatura ambiente após cada etapa.
ENVELHECIMENTO NATURAL: envelhecimento espontâneo de uma solução supersaturada que ocorre na temperatura ambiente após cada etapa.
ENVELHECIMENTO PROGRESSIVO: envelhecimento realizado com variação de temperatura, por etapas ou continuamente.
ESFEROIDIZAÇÃO: ver coalescimento.
HOMOGENEIZAÇÃO: manutenção de uma liga a alta temperatura para eliminar ou diminuir, por difusão, a segregação química.
MALEABILIZAÇAO: tratamento térmico aplicado ao ferro fundido branco, em que o elemento carbono passa a grafita, na forma arredondada, ou é eliminado. Ambos os fenômenos podem ocorrer simultaneamente. O elemento carbono também pode estar presente em fases oriundas da transformação da austenita.
MARTÊMPERA: tratamento isotérmico composto de austenitização seguida de resfriamento brusco até temperatura ligeiramente acima da faixa de formação da martensita, visando equalizar a temperatura do material e resfriar adequadamente até a temperatura ambiente.
NITRETAÇÃO: tratamento termoquímico em que se promove o enriquecimento superficial com nitrogênio
NITRETAÇÃO A GÁS: nitretação realizada em meio gasoso.
NITRETAÇÃO EM BANHO: nitretação realizada em meio líquido.
NITRETAÇÃO IÔNICA: nitretação realizada em meio ionizado.
NORMALIZAÇÃO: tratamento térmico, caracterizado por aquecimento acima da zona crítica e por equalização nesta temperatura seguida de resfriamento uniforme ao ar, sem restringi-lo ou acelerá-lo, até a temperatura ambiente.
PATENTEAMENTO: tratamento térmico de arames e tiras, empregado em aço de alto e médio carbono, caracterizado por aquecimento acima da zona crítica e por resfriamento ao ar ou em banho de sal ou chumbo, com finalidade de obter-se uma microestrutura adequada para as deformações subseqüentes.
PERLITIZAÇÃO: tratamento térmico de transformação da austenita em perlita. Termo largamente usado em tratamento de ferros fundidos.
PRÉ-AQUECIMENTO: aquecimento prévio realizado até uma temperatura abaixo da temperatura do tratamento visado.
RECOZIMENTO: termo genérico que indica um tratamento térmico composto de aquecimento controlado até uma determinada temperatura, permanência nessa temperatura durante certo intervalo de tempo e resfriamento regulado para a finalidade prevista.
RECOZIMENTO A VÁCUO: recozimento realizado em ambiente com vácuo.
RECOZIMENTO AZUL: recozimento realizado em condições tais que se forme na superfície metálica uma camada de óxido uniforme e aderente, de cor azulada.
RECOZIMENTO BRANCO: recozimento realizado em condições tais que evitem a oxidação da superfície metálica.
RECOZIMENTO BRILHANTE: ver recozimento branco.
Recozimento de grão grosso: ver recozimento para crescimento de grão.
Recozimento em caixa: recozimento em que as peças são levadas ao forno dentro de um recipiente vedado em condições que reduzam a oxidação ao mínimo.
Recozimento ferrítico: recozimento aplicado ao ferro fundido, destinado à obtenção de matriz ferrítica. Também denominado ferritização.
Recozimento intermediário: recozimento realizado entre duas operações de fabricação.
Recozimento intracrítico: recozimento caracterizado pela permanência em temperatura dentro da zona crítica.
Recozimento isotérmico: recozimento caracterizado por uma austenitização seguida de transformação isotérmica da austenita na região de formação da perlita.
Recozimento para alívio de tensões: recozimento subcrítico visando à eliminação de tensões internas sem modificação fundamental das propriedades existentes, realizado após deformação a frio, tratamento térmico, soldagem, usinagem ou outros processos de fabricação.
Recozimento para crescimento de grão: recozimento caracterizado por permanência em temperatura significativamente acima da zona crítica, resfriamento lento até temperatura abaixo do ponto A1 e subseqüente resfriamento arbitrário até a temperatura ambiente, destinado a produzir o crescimento de grão.
Recozimento para homogeneização: recozimento caracterizado por um aquecimento até uma temperatura consideravelmente acima do ponto ac3, longa permanência nessa temperatura e resfriamento adequado ao fim em vista, para eliminação de variações locais de composição do material.
Recozimento para recristalização: recozimento caracterizado pela permanência em temperatura dentro da faixa de recristalização, após deformação realizada abaixo dessa faixa.
Recozimento para solubilização: recozimento em conseqüência do qual um ou mais constituintes entram em solução. Geralmente caracterizado por um resfriamento rápido destinado a retenção daqueles constituintes em solução na temperatura ambiente. Também denominado de solubilização.
Recozimento pleno: recozimento caracterizado pela permanência em temperatura dentro da faixa de recristalização, após deformação realizada abaixo dessa faixa.
Recozimento por chama: recozimento em que o aquecimento é produzido diretamente por uma chama.
Recozimento subcrítico: recozimento totalmente realizado abaixo da zona crítica.
Recristalização: nucleação e crescimento de novos grãos, geralmente equiaxiais e isentos de tensão, a partir de uma matriz deformada plasticamente.
Restauração do carbono: reposição de carbono na camada superficial perdido em processamento anterior.
Revenimento: tratamento térmico de uma peça temperada ou normalizada, caracterizado por reaquecimento abaixo da zona crítica e resfriamento adequado visando a ajustar as propriedades mecânicas.
Solubilização: ver recozimento para solubilização.
Têmpera: tratamento térmico caracterizado pelo resfriamento em velocidade superior a velocidade crítica de têmpera de uma liga ferrocarbono, a partir de uma temperatura acima da zona crítica para os aços hipoeutetóides e geralmente dentro da zona crítica para os aços hipereutetóides, resultando em transformação da austenita em martensita.
Têmpera ao ar: têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têmpera) é o ar.
Têmpera da camada cementada: têmpera restrita à camada periférica da peça cementada.
Têmpera diferencial: tratamento onde somente parte da peça segue o ciclo de temperaturas de têmpera. Também denominado têmpera seletiva.
Têmpera direta para cementação: têmpera de peça cementada diretamente da temperatura de cementação sem resfriamento intermediário.
Têmpera do núcleo: Têmpera do material do núcleo de peça cementada. Em aços não temperáveis ocorre apenas um endurecimento.
Têmpera dupla: Têmpera de peça cementada realizada em duas etapas. A primeira a partir da temperatura de têmpera do material do núcleo e a segunda a partir da temperatura da têmpera do material da camada cementada.
Têmpera em água: Têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têmpera) é a água.
Têmpera em óleo: Têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têmpera) é um óleo.
Têmpera em salmoura: Têmpera em que o agente de resfriamento (meio de têmpera) é uma salmoura.
Têmpera por chama: Têmpera em que o aquecimento é produzido por chama.
Têmpera por imersão: Têmpera em que o aquecimento é produzido pela imersão da peça em banho de metais ou sais fundidos ou outro meio líquido adequado.
Têmpera por indução: Têmpera em que o aquecimento é produzido por indução elétrica. (www.moldesinjecaoplasticos.com.br )
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Têmpera superficial: Têmpera limitada às camadas periféricas da peça.
Tratamento isotérmico: tratamento que inclui uma transformação isotérmica.
Têmpera sub-zero: tratamento realizado abaixo de 0ºC. Particularmente, resfriamento de um aço a uma temperatura abaixo de 0ºC para transformação da austenita retida em martensita.
Tratamento térmico: operação ou conjunto de operações realizadas no estado sólido que compreendem aquecimento, permanência em determinadas temperaturas e resfriamento, realizados com a finalidade de conferir ao material determinadas características.
Tratamento termoquímico: conjunto de operações realizadas no estado sólido que compreendem modificações na composição química da superfície da peça, em condições de temperatura e meio adequados.
NOSSO RESUMO COM A INFORMAÇÃO NA PALMA DA MÃO!
Hamilton Nunes da Costa – Editor Independente
VW CFP SENAI / Matrizeiro especializado em molde
Escola ART-MEC / Projeto de moldes /
VW CFP SENAI / Técnico mecânico CREA 126.785