Para facilitar a compreensão no uso e de futuros textos, apresentamos os termos técnicos da soldagem. Existem diversas maneiras de unir duas partes metálicas. Dentre elas está a soldagem, que é um processo de junção, utilizando uma fonte de calor, com ou sem aplicação de pressão. A nomenclatura da Soldagem Elétrica tem por finalidade definir
termos e expressões usadas. A proposta deste artigo é fornecer a
base para o bom entendimento.
Ângulo do Chanfro – Ângulo formado pela Disposição das peças cortadas de esguelha, cujos chanfros ficam topo a topo.
Poro – Pequeno vazio, geralmente redondo, encontrado numa solda
Camada – Depósito de metal obtido em um ou mais passes numa mesma profundidade
Margem da Solda – Linha de separação entre a superfície da peça e o cordão de solda.
Chanfro – Corte efetuado nas bordas das peças que será soldada, ou abertura feita na região da peça a ser soldada.
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Cobre-junta – Material usado como apoio na raiz da junta, durante a soldagem.
Passe em Filetes – Técnica para depositar metal de solda sem fazer movimento lateral.
Passe Descontínuo – Técnica de soldagem em que trechos iguais de
metal são depositados em intervalos regulares prefixados
Comprimento do Arco – Distância entre a extremidade inferior da alma do eletrodo e a superfície da peça
Contração – Redução de volume de metal quando resfriado.
Cordão de Solda – É a solda propriamente dita, formada em um ou mais passes.
Cratera – Cavidade formada no metalbase, decorrente da extinção do arco elétrico.
Diâmetro do Eletrodo – É o diâmetro da alma (núcleo) do eletrodo revestido, ou o diâmetro da vareta metálica ou fio, quando nu .
Eletrodo Consumível – Eletrodo que se funde formando o metal de adição nas soldagens elétricas.
Eletrodo Nu – Vareta sem revestimento usada na soldagem manual a arco.
Eletrodo Revestido – Vareta coberta por uma camada de revestimento usada na soldagem manual o arco.
Eletrodo não-Consumível – Eletrodo que não se funde, usado com o propósito de estabelecer um arco voltaico.
Empenamento – É a deformação que a peça sofre, devido à contração do metal de solda durante o seu resfriamento
Escória – Camada não metálica que cobre o cordão de solda.
Face da solda – Superfície visível do cordão de solda.
Filete – É uma solda de formato triangular depositada em juntas sobrepostas, juntas em “T” ou parte interna de juntas de quina.
Filete de Solda Côncavo – Filete de solda com a face côncava.
Filete de Solda Convexo – Filete de solda com a face convexa
Fresta ou abertura – Espaço deixado entre as bordas das peças a serem soldadas
Garganta – É a altura do triângulo formado pelo filete, tomando-se como base a face e a raiz da solda (retângulo inscrito).
Horizontal (filete) – Posição de soldagem em que uma das partes do metalbase encontra-se no plano horizontal e outra perpendicular a este plano.
Inclusão de Escória – Material não-metálico encontrado no interior de uma solda
Junta – Região onde duas ou mais peças serão unidas por soldagem
Metal de Adição – Metal adicionado em estado de fusão durante o processo de soldagem.
Metal-base – Material da peça a ser Soldada
Mordedura – É uma reentrância no metal-base, vista na margem da solda
Nariz (face da raiz) – É a parte reta na raiz do chanfro
Passe – Progressão do eletrodo ao longo do eixo da solda, com depósito de material.
Penetração da Solda – É a profundidade atingida pela zona fundida no metal de base
Perna da Solda – É a medida do cateto de um filete de solda.
Poça de Fusão – É o metal líquido sob o arco elétrico.
Polaridade Direta (-) – É quando o eletrodo está ligado no pólo negativo e a peça no pólo positivo da máquina de soldar em corrente contínua.
Polaridade Inversa ou Reversa (+) – É quando o eletrodo está ligado no pólo positivo e a peça no pólo negativo da máquina de soldar em corrente contínua
Pós-aquecimento – Consiste em aquecer a peça imediatamente depois da operação de soldagem, até atingir uma determinada temperatura.
Pré-aquecimento – Consiste em aquecer a peça imediatamente antes da operação da soldagem, até atingir uma determinada temperatura.
Posicionador – Dispositivo para prender a peça a ser soldada na posição mais adequada ao trabalho.
Ponto de Fusão – Temperatura em que o metal passa do estado sólido para o líquido.
Raiz da Solda – Ponto mais profundo do cordão em sua secção transversal.
Reforço da Solda – É o metal de solda que ultrapassa a superfície do metal de base na face da solda.
Revestimento do Eletrodo – Material que envolve a alma (núcleo) do eletrodo.
Símbolo de Solda – Representação gráfica da solda e dados para sua execução.
Solda Contínua – Solda que se estende ao longo da junta sem que haja interrupção.
Soldagem Manual – Processo de soldagem executado e controlado manualmente.
Voltagem do Arco (Tensão em operação) – Tensão existente no circuito durante a soldagem.
Voltagem em Vazio (Tensão em vazio) – Tensão existente no circuito quando não se está soldando.
Zona Fundida – Região onde o material fundiu-se e solidificou-se.
Zona Afetada Termicamente (Z.A.T.) – É a área do metal-base próxima à solda que sofreu modificações micro-estruturais devido ao calor gerado pela soldagem.
Gabarito – É uma ferramenta constituída de chapa de aço, de forma geométrica variável de acordo com o tipo de trabalho a ser executado. São utilizados em substituição aos instrumentos de precisão,
para padronizar dimensões de cordões, filetes, verificação de esquadro,
ângulos de chanfros, etc. Nas figuras abaixo mostramos os principais tipos de gabaritos utilizados nas operações de soldagem e suas aplicações.
FONTES
• Apostila “Soldagem dos Aços Inoxidáveis”,
Sérgio Duarte Brandi (Acesita, )
• “Manual Técnico de Soldagem do Aço
Inox”, Messias José de Carvalho
Revista inox -No.27e28