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PROCESSO DE TEXTURIZAÇÃO EM TERCEIROS

PROCESSO DE TEXTURIZAÇÃO EM TERCEIROS

Geralmente a falta de clareza no fornecimento de informações básicas para o processo de texturização de moldes leva a problemas de acabamento superficial, ou ainda prejudica o prazo de realização e, consequentemente, seu custo. Em casos mais graves, pode até causar a perda total do componente por isto, é recomendado o uso de uma planilha que contenha as informações mais importantes fornecidas pela ferramentaria para a empresa de texturização.

Para o uso adequado de planilhas existem dois aspectos importantes:

Documento comercial: O primeiro aponta para uma formalização das tratativas entre as partes (ferramentaria e empresa de texturização), documentando de maneira escrita, os fatores técnicos envolvidos na operação comercial. Assim sendo, será possível resgatar os parâmetros acordados em caso de futuras distorções técnicas.

Detalhamento do serviço: O segundo aspecto é a clareza com que o texturizador, passa a receber as informações técnicas para viabilizar a execução do serviço com a melhor qualidade possível. Isso minimiza a busca de informações complementares que, muitas vezes, ocorrem via telefone e podem gerar entendimentos dúbios.

Por isso salienta-se a importância de identificar  de maneira clara e detalhada, as regiões de textura e áreas com solda. É recomendado enviar para o texturizador desenho ou modelo eletrônico da peça com as áreas de textura e solda.

Nesta planilha devem constar diversos itens como:

1 – A identificação do produto, descrevendo o nome, versão e data do desenho que caracterizam com precisão a peça que está sendo processada, permitindo analisar detalhes críticos para a texturização e verificando as distorções em relação a peça física.

2 – Outros detalhes são a identificação dos materiais aplicados na fabricação, separando se em material de base para as formas e material de postiços (ou insertos). Em muitos casos, os insertos são confeccionados com um material diferente do material de base, resultando em dureza diferenciada na superfície.

3 – As operações realizadas com estes materiais devem ser claramente informadas ao texturizador. Assim sendo detalhes construtivos do componente, como os tratamentos térmicos, químicos e superficiais, bem como os parâmetros de soldagem e de operações de eletroerosão terão que ser informados.

4 – Adoção do uso de corpos de prova do material base, que servem tanto para acompanhamento dos processos de tratamentos térmicos, químicos e superficiais como para o padrão de textura adotado, facilitando futuras auditorias no processo. Na grande maioria dos casos o cliente tem seu próprio padrão sendo conveniente que as ferramentarias solicitem os catálogos de padrão de textura aos fornecedores. Para cada padrão do catálogo existe um código, que define com precisão o tipo da textura a ser processada, podendo ainda definir se o processo desejado é mecânico, químico ou a laser.

5 – Definição sobre os detalhes da textura desejada, como padrão de textura e informado inclusive o código padrão da textura.

6 – Os dados sobre as dimensões e peso do componente

7 – A condição de entrega do molde (se desmontado ou não), que auxilia a empresa de texturização a planejar o processo.

8 – É altamente recomendado informar sobre as áreas de fechamento do molde, a fim de evitar danos aos cantos vivos da ferramenta.

9 – Informação sobre os ângulos de desmoldagem da peça pois, também têm influência significativa na definição do tipo e gramatura da textura, tanto em cavidades como em machos.

10 – Informar ao texturizador as operações as quais o componente será submetido após o processo de textura. Em alguns casos, essa informação auxilia a prever cuidados durante o processo e a considerar etapas subsequentes à  texturização (por exemplo, limpeza após nitretação).

11 – Para encerrar planilha fazer registro do atendimento completo, parcial, ou o não atendimento às especificações iniciais.

12 – Incluir espaço para avaliação do responsável pelo recebimento do serviço,  assinalando a aprovação, aprovação com restrição ou reprovação do serviço.

Mas o que é textura?
Textura é a arte de dar formas e relevos a vários tipos de superfícies, deixando-as agradáveis aos olhos e ao toque.
A textura em produtos é utilizada para provocar sensações, melhorar aspecto visual, tato, inovar, diferenciar, destacar a marca ou ainda auxiliar tecnicamente em outros processos.

O processo de texturização inicia-se com o recebimento da peça componente do molde e a verificação de seu estado atual com relação a qualquer problemas como por exemplo, oxidação e amassados. Feita essa inspeção a cavidade recebe uma limpeza para a retirada de todas as impurezas que possam comprometer a qualidade final.

A superfície a ser texturizada deve estar livre de imperfeições como riscos, ondulações, batidas, marcas de usinagem, porosidades, erros de concordâncias de raios e perfis, rugosidade de usinagem por eletroerosão por penetração ou corte a fio e resíduos de outros metais como cromo, níquel, e nitreto entre outros, que devem ser removidos para que a superfície receba a corrosão química.

Após limpeza a cavidade receberá proteção nas partes que não sofrerão corrosão química, evitando assim o comprometimento da sua eficiência mecânica. O isolamento na peça é feito para proteger as regiões que não serão texturizadas, fazendo com que não haja corrosão química em lugares indesejáveis que comprometam a mecânica dos mesmos.

A etapa de transferência de imagem ás vezes deixa algumas lacunas. Assim, antes da corrosão química, é preciso retocar eventuais falhas causadas pelo enrugamento do filme, corrigindo qualquer tipo de imperfeições.

O Filme é um revestimento utilizado para transferir a imagem do padrão escolhido pelo cliente para o molde. Os filmes utilizamos podem ser:
Blue Filme (TH-sheet) importado do Japão
AKA – sheet importado do Japão
TL/S – sheet importado do Japão
MX – sheet importado da Coréia
Filme de Papel ou Filme adesivo que podem ser produzidos.

Em alguns casos é necessário que a peça receba um jateamento para um completo acabamento. Após o jateamento a peça passa pela etapa de transferência de imagem do padrão escolhido e depois a gravação, onde recebe um banho de componentes químicos para que possam adquirir a profundidade desejada.

O Jateamento é realizado com diversos tipos de abrasivos dependendo do processo e sua função é fazer a limpeza do molde, acabamento final do molde, variação de brilho do produto final, texturização.

É possível texturizar moldes que já apresentam alguns tratamentos como têmpera, teniferização e recozimento, mas recomenda-se quando for possível texturizar antes. Outros tratamentos como cementação e nitretação, assim como deposição de metais como cromo duro, níquel químico ou outros revestimentos devem ser aplicados sempre após a texturização.

Fonte: Revista Ferramental e Conhecimentos Hamilton Nunes

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